Médico que matou mulher é julgado pela 2ª vez em Fernandópolis

Após polêmicas e diversas manobras protelatórias, está confirmado para amanhã o julgamento do médico de Fernandópolis Luiz Henrique Semeghini, assassino confesso da mulher, Simone Maldonado, há exatos 15 anos.


A expectativa é de que não caibam todos os interessados em acompanhar o julgamento no Salão do Júri, com capacidade para cem pessoas.

Quinze jurados foram convocados, dos quais serão sorteados sete pelo juiz Vinicius Castrequini Bufulin para participar do júri, previsto para começar às 9h.


“Temos a expectativa é de que o júri se realize e de que o réu seja condenado”, disse o advogado Fernando Jacob, assistente de acusação. “Só queremos justiça, nada mais do que isso”, afirmou o advogado de Semeghini, Alberto Zacharias Toron.

Caso o médico seja condenado a uma pena inferior a oito anos, o crime prescreve.


Semeghini será julgado por homicídio qualificado (uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima).

Em 2008, ele foi condenado a 16 anos de reclusão pelo crime, mas o júri foi anulado pelo Tribunal de Justiça (TJ).


Desde então, outras duas tentativas de realizar o júri foram fracassadas: em janeiro de 2014, devido a uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), e em agosto último, quando o advogado do médico não compareceu ao julgamento.


Na última segunda-feira, o TJ negou três pedidos de Toron para que o juiz do caso fosse substituído, recursos chamados “exceção de suspeição”.



O mesmo Tribunal havia negado liminar para retirar o julgamento de Fernandópolis. O mérito do pedido não foi julgado.

Há ainda um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo que seja retirada a qualificação do homicídio. Nenhum dos dois recursos deve ser julgado até o júri.




(Allan de Abreu - Diário da Região)