Presidente do Sincopetro diz que preço de combustíveis está na média
Presidente do Sincopetro diz que preço de combustíveis está na média
Publicado em: 31 de julho de 2015 às 08:22
Após o pleito de uma série de munÃcipes, a Câmara Municipal, no inÃcio da noite de ontem, reuniu no plenário representantes de postos de combustÃveis da cidade, vereadores e alguns populares para tratar dos preços elevados de Votuporanga. A reunião teve discussões acaloradas e esclarecimentos por parte do presidente regional do Sincopetro, Roberto Ferrari. Munidos de muitos questionamentos, os vereadores foram bombardeados por informações e até mesmo a apresentação de notas fiscais, justificando os preços estipulados. André Figueiredo, responsável pela convocação da reunião, questionou o motivo pelo qual se cobra valores diferenciados do que é cobrado na região, o mesmo foi questionado por Mehde Meidão Slaiman Kanso, afirmando ainda que tem informações de que em cidades como São José do Rio Preto o preço do álcool gira em torno de 1,58 e a gasolina 2,60. O proprietário de um posto na Avenida Wilson de Souza Foz falou em nome dos demais. Exaltado, ele afirmou que os vereadores deveriam, também, ter convocado os proprietários de São José do Rio Preto e Mirassol para que apresentassem seus documentos. “Está se falando em Votuporanga de cartel de combustÃvel. Quem faz isso, pelo que eu saiba, é bandido. Aqui em Votuporanga tem equipes de donos de postos sérias, que dão emprego. É que todo mundo também do lado de cá também está cansado das acusaçõesâ€. Ele ainda questionou Meidão se o mesmo já havia, alguma vez na vida, gerado empregos. “Estou em Votuporanga há nove anos. Pouco tempo com posto. Minha vida inteira foi ser marceneiro. Os senhores estão equivocados. Faça uma gentileza de ir para Rio Preto e convocar os postos, pegar notas e apresentar quanto pagamâ€. O proprietário, que teceu alguns comentários sobre os postos da cidade vizinha, foi então questionado se os valores cobrados naqueles locais são irregulares. Ele disse que simplesmente não pode chegar e acusar. “Eu fui a Rio Preto duas vezes essa semana. Fiquei indignado. O posto de combustÃvel tira uma margem é muito pequena, coisa de centavos. Procura em uma usina quanto é o álcoolâ€. Sincopetro Roberto Ferrari, então, teceu comentários técnicos para que, de certa forma, esses preços sejam justificados. Ele afirma que essa é a segunda vez que é convocado para estar na câmara pelo mesmo motivo. “Esse é um problema polêmico. Na minha regional temos algo em torno de 540 postos espalhados. Esse problema que acontece em Rio Preto é de mercado. Hoje, nesse momento o que acontece em Rio Preto, em Ribeirão Preto acabou ontem, estava em BrasÃlia, Campinas, varias cidades. São problemas de mercadoâ€, explica. Ele liga a questão dos preços com a atual crise econômica pela qual passa o paÃs. “Como bem sabem, a economia do paÃs anda em situação lamentável. Todo segmento do varejo está sofrendo muito, penando para sobreviverâ€, disse. Segundo Roberto, com essa queda, os representantes comerciais, por exemplo, diminuem as viagens, ou seja, os postos param de lucrar com o abastecimento. Tudo isso em forma de uma cadeia. “A partir do momento que você deixa de comprar a mercadoria, a empresa não compra mais diesel. É um vÃcio, isso está estagnando a economia do paÃs. O que acontece, as grandes distribuidoras, elas têm sua rede de postos. Na região de Rio Preto elas compram contratos futuros na Petrobrás. Como a rede é muito grande, tem algo em torno de 400 postos, ela tem que comprar para 3 meses que estão por vir. Ela fecha lá 100 milhões de litros. A partir desse momento o petróleo jorra todo dia. O Brasil parou. A economia parou. Só que o combustÃvel é bombeado diariamente. O que acontece? Não se tem mais onde colocar. As distribuidoras, é normal, fazerem promoção, escolheram grandes centros como Rio Preto, Ribeirão Preto, Sorocaba, Araçatuba. Tem que escoarâ€, disse ele, relatando que, no caso da empresa não recolher o combustÃvel comprado, a multa é milionária. Como uma loja de roupas, a distribuidora exige e o dono dos postos executa a promoção. “Ela pode, pois ela tem 7 mil postos. É o poder econômico, o grande manda. É esse o poder econômico. E vão brigar com ela, não tem jeito. São poderosos, mandam no paÃs. Já pedimos, gostarÃamos e muito que o combustÃvel fosse tabelado. Só que o governo federal não tem interesse. Elas promovem essas promoções. Rio Preto está atravessando uma promoção. Hoje pagamos quase R$0,25 centavos mais barato que em Votuporanga. Eles não têm condições de fazer o preço que se faz em Rio Preto. O preço lá só é possÃvel pois as distribuidoras estão assim querendo. Quando falarem que acabou, acabouâ€. Ainda, conforme ele conta, hoje o preço do combustÃvel é liberado. “Posso colocar no meu posto quanto quiser e você compra quanto quiser. Tenho que entrar na concorrência de mercado. É livre concorrência de mercado. A Agência Nacional de Petróleo nos dá essa liberdade. Não adianta colocar muito caro, não vai venderâ€. Como citou os grandes centros, ele foi então questionado os motivos pelos quais cidades como Ecatu e Tanabi tem valor menor de combustÃvel do que em Votuporanga. Roberto explica que começou em Rio Preto, “bateu em Tanabi, vai bater em Votuporanga, isso se a dona distribuidora achar que é viável, se não achar, vai ficar do jeito que estáâ€. Números O diretor do Sincopetro relata que o preço que é praticado do etanol em Votuporanga está na média do estado. Ele afirma que, no site da Agência Nacional de Petróleo, foram pesquisadas 116 cidades do estado, dessas, 100 estão com preços maiores que Votuporanga, 15 estão iguais, uma está menor com, com 1,78. Ele afirma, categoricamente, que em Votuporanga os preços estão ótimos. “Está aqui, o órgão federal falando que está ótima. Não tem que reclamarâ€. Ainda, segundo ele, cada distribuidora vai defender a sua casa. “Se bem que na cadeia de formação de preços as diferenças são mÃnimas. Os únicos postos que têm condições de ter uma diferença de preço na bomba são só postos que não ostentam distribuidora, já que , assim, a mesma não tem poder nenhum sob ele. Quando é bandeirado só posso comprar da distribuidora, é lei federal. Não posso furar a cadeiaâ€. Roberto alerta para, quando se vê o preço muito baixo, que tome cuidado. Governo O advogado Hery Kattwinkel, que entrou também com um pedido para investigação, disse que, em pesquisa feita, alguns postos de Votuporanga apresentam exatamente o mesmo preço R$1,99 do álcool e R$2,29 gasolina. “Quando se cobra o mesmo valor acaba inibindo a concorrênciaâ€, diz Hery. Sobre o fato, o representante do sindicato diz que a culpa é do governo federal. “Você sabe quanto pagamos de imposto por cada litro de gasolina? Hoje nós estarÃamos em torno de R$0,30 centavos. O governo federal, na cadeia de impostos arrecada hoje R$1,68 centavos. Porque não se faz uma campanha para governo baixar a terceira maior cadeia de impostos do mundo? Os senhores sabiam disso? Terceira maior carga tributária do mundo. Os vossos empresários da cidade ficam com as migalhas e o governo federal, para fazer cambalacho, fica com 80% do boloâ€, encerrou. (MaÃra Petruz – Diário de Votuporanga)
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