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Lindas e venenosas:o perigo de plantas pra crianças

Lindas e venenosas:o perigo de plantas pra crianças

Publicado em: 07 de junho de 2015 às 08:26

Nos últimos três anos, 73 crianças foram parar no Hospital de Base em Rio Preto por ingestão acidental de plantas venenosas - média de uma a cada 15 dias. No Brasil, 60% dos casos de intoxicação com plantas ocorrem em crianças com menos de 9 anos, segundo o Sistema Nacional de Informações Toxico-Farmacológicas (Sinitox).

No mês passado, um garoto de 8 anos, filho da fisioterapeuta Kátia Durand Silvestrini, de Rio Preto, entrou para essa estatística, ao colocar na boca uma flor da planta ornamental - mas venenosa - jasmim-manga, no jardim da escola em que estuda.

O menino precisou seis horas de internação no HB para ser salvo. “Ele colocou a flor na boca e falou ‘olha, mamãe’. Preocupada, na hora tirei o pedaço da planta dos lábios dele e rapidamente levei-o para o HB.

Tudo com orientação do meu primo, que é botânico e me informou, por telefone, que a planta é altamente venenosa", diz a fisioterapeuta. Depois desse susto, Kátia quer convencer a dona da escola a retirar a planta do alcance de outras crianças para evitar novos casos de intoxicação.

"Sei que o jasmin-manga é muito bonito na decoração, mas essa beleza pode machucar, porque meu filho sofreu sérias queimaduras internas na boca, ficando por algum tempo com dificuldade para engolir", alerta a mãe. A intoxicação mais comum é com a planta comigo-ninguém-pode, muito usada para decoração de jardins. A bióloga Beatriz Menegildo explica que a toxina da planta jasmin-manga está na flor e na seiva. O contato com a pele ou ingestão pode queimar e causar até alucinações. “É uma planta escolhida pela beleza das flores e pelo perfume de jasmim. Mas o ideal é arrancá-la para evitar intoxicação, ou cultivá-la em vasos suspensos”, recomenda a bióloga. O médico Carlos Alberto Caldeira Mendes, coordenador do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica), do Hospital de Base de Rio Preto, o médico Carlos Alberto Caldeira Mendes diz que o importante é agir rapidamente assim que descoberta a intoxicação.

“Devem ser retirados todos os pedaços da planta da boca ou do contato da pele e lavar apenas com água e sabão. É vital levar para o pronto-socorro o nome e até a planta para que possamos fazer o tratamento adequado.” O Ceatox mantém atendimento todos os dias em Rio Preto. O telefone é 0800-722-6001.



(Marco Antonio dos Santos – Diário da Região)

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