Homem que espancou filho bebê na região é denunciado pela Promotoria
Homem que espancou filho bebê na região é denunciado pela Promotoria
Publicado em: 04 de junho de 2015 às 10:12
O lavrador de 20 anos, acusado de agredir o próprio filho, um bebê de oito meses de vida, vai responder por tentativa de homicídio qualificado, tortura e maus-tratos.
A denúncia foi feita pelo Ministério Público de homicídio qualificado se justifica porque o acusado agrediu a criança por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Além de acusar o pai, o Ministério Público também requereu à Justiça que a criança seja afastada da família. O pedido foi aceito pelo juiz responsável pelo caso, que concedeu liminar determinando que o bebê seja encaminhado para um abrigo menores da cidade, onde ele está desde a última segunda-feira (1º).
Segundo apurou o ilhadenoticias.com, a mãe da criança, uma adolescente de 15 anos, deveria prestar depoimento à Promotoria de Justiça esta semana. O Ministério Público quer saber por que ela não denunciou à polícia que o filho era maltratado pelo pai. O caso - O pai foi preso no dia 12 de maio, logo após levar o filho em estado grave ao Hospital Regional de Ilha Solteira. Funcionários da unidade chamaram a polícia e ele acabou confessando o crime. A criança foi transferida para a Santa Casa de Araçatuba desidratada, com ferimentos pelo corpo, edema pulmonar e traumatismo craniano.
Segundo o delegado Miguel Ângelo Micas, responsável pelo caso, o homem, que confessou a agressão, disse em depoimento que se incomodava muito com o choro da criança e que não tinha paciência.
“Com isso, ele tinha alguns surtos, perdia a cabeça e acabava agredindo a criança. Ele disse que não tinha noção da violência”, disse Micas.
O delegado disse que o preso afirmou que a agressão ocorreu uma única vez. “Mas apuramos que isso era recorrente, que acontecia todos os dias”, afirmou Micas. Marcas no corpo da criança demonstram que as agressões eram constantes. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o bebê teria sido agredido no dia 9 de maio e, com absoluta certeza, no dia 12.
“Há uma certeza de que a criança foi agredida momentos antes de ser levada para o hospital, por isso a prisão em flagrante”, disse o delegado. Sobre o suposto envolvimento da mãe, uma adolescente de 15 anos, ela pode vir a responder por omissão de socorro, já que presenciava as agressões e não fazia nada para evitá-las. “Ela disse que ele era muito violento e que tinha medo. Então, entendemos que ela não tinha condições de impedir aquilo. Também há todo um conjunto probatório, que mostra que ela nunca agrediu a criança. Me parece mais caso de sujeição, onde ela estava sujeita ao poder do marido”, afirmou o delegado.
Micas explica que a eventual participação da mãe no crime, dependerá da investigação que vem sendo feita pela Polícia Civil e da análise do Ministério Público.
“Mas todas as informações que colhemos até agora dão conta de que ela não teve participação. Ela tinha medo. Ela não intercedia com mais veemência porque tinha medo. Mas muitas vezes ela chegou a interceder. Teria ela impedido, em algumas vezes, casos mais graves”, explicou Micas.
(Ilhadenoticias)
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