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Sindicatos de Votuporanga reagem contra projeto da terceirização

Sindicatos de Votuporanga reagem contra projeto da terceirização

Publicado em: 20 de abril de 2015 às 07:20

A luta contra a aprovação do projeto que dispõe sobre a terceirização ganha e manifestações na região. Após uma reunião, na sede do Sincomerciários, sete sindicatos, de diferentes categorias, chegaram ao acordo de aderir às manifestações que irão ocorrer a nível nacional. Conforme relata a presidente do Sincomerciários de Votuporanga, Lia Marques, ficou acordado que, se na próxima semana o projeto for colocado em votação, no dia 4 de maio será feita uma manifestação, na Câmara Municipal, contra a terceirização. No caso de não ser votado, no dia 27 de abril será realizado um ato de repúdio, também na casa de leis. Isso será feito em cidades brasileiras, pelos sindicatos que se posicionaram contra a medida. Em paralelo, as centrais sindicais estarão em Brasília, também para manifestarem-se contra a terceirização. Lia também afirma que irá trabalhar no sentido de instruir a população quanto às implicações da mudança da Lei. Uma carta “aberta aos trabalhadores” será distribuída pelos sindicatos a toda a população, como meio de informa-los sobre as reais mudanças que a aprovação da lei trará aos trabalhadores. “Muito se ouve falar sobre a terceirização, mas a maioria das pessoas ainda não sabe do que se trata”, comenta a presidente do Sincomerciários. Sindicatos Após a reunião, os líderes dos sindicatos presentes no local conversaram com a imprensa e falaram sobre em que implicaria para seus respectivos sindicatos a aprovação da lei. Gilmar Guilherme, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção e Mobiliários afirma que, o maior medo do trabalhador é que, após a aprovação, o mesmo venha a tornar-se patrão, ou seja, ele seria responsável por todos seus custos, como férias, seguro, entre outros. Harley Vizoná, do Sindicato dos Bancários, conta que, para ele é tudo muito claro, que essa lei implica na precariedade da mão de obra e do trabalho. No caso dos bancos, será terceirizado todo o processo, o que, para ele, prejudica toda a cadeia. “Com certeza o salário também será inferior, além da precarização do acordo coletivo, contrato de trabalho e a pulverização do sindicato”, disse. Para Paulo Laurindo, do Sindicato da Alimentação, o funcionário é o que mais perderia. “No caso de aprovação, ele só ganharia por dia trabalhado, só recebe no dia que trabalha. Esse funcionário ganharia muito mais se fosse contratado”, comenta, ao colocar-se contra a mesma, afirmando ainda que nenhum benefício será obtido para os trabalhadores do setor. O representante do Sindicato dos Motoristas de Jales e da Região ressalta que, para seu sindicato, a lei da terceirização tiraria os direitos, principalmente, das categorias diferenciadas dos motoristas. “Vamos fazer esse trabalho de conscientização para que a lei não seja aprovada”, afirma. Maria José, do Sindicato da Educação, também se coloca contra devido às perdas que os funcionários terão. “Já terceirizaram a limpeza nas escolas. O pessoal concursado tem que sair. Isso irá diminuir os trabalhadores e as vagas, enquanto eles poderiam ser concursados”, disse. O Sindicato dos Servidores Municipais também é contra a medida, segundo afirma Inácio de Oliveira Pereira. “O regime único é uma piada”, afirma. Por fim, Lia Marques, do Sincomerciários, também diz que “não podemos aceitar que os trabalhadores percam seus direitos, por isso, é preciso que estejamos unidos para que o Senado não aprove e que a presidente Dilma vete esta proposta”. Carta Confira abaixo a carta que será entregue aos trabalhadores de Votuporanga, que explica a terceirização. “Os trabalhadores da região de Votuporanga, através de seus representantes sindicais, vem a público manifestar o seu repúdio, ao projeto de Lei 4330/04, que regulamenta a terceirização do trabalho no Brasil Terceirização quer dizer: - Perda dos direitos trabalhistas; - Precarização do emprego; - Fim do Fundo de Garantia; - Fim do Seguro Desemprego; - Fim da aposentadoria; - Resumindo, fim do trabalhador. Contra tudo isso, estamos em alerta e em luta para a rejeição do projeto e contamos com a adesão e participação de todos os trabalhadores. Procure o seu Sindicato e venha conosco segurar a bandeira pelo “não” à terceirização”.
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