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Votuporanga tem 50 novos casos de Aids em um ano

Votuporanga tem 50 novos casos de Aids em um ano

Publicado em: 22 de março de 2015 às 09:39

Quase 400 pessoas fazem tratamento em Votuporanga e região; uso de preservativos continua sendo o meio mais eficaz de se prevenir.

De acordo com a coordenadora do Programa Municipal DST/ Aids, Léa Bagnola, uma média de 380 pessoas fazem tratamento em Votuporanga e região, atualmente.

Somente entre 2014 e 2015, surgiram aproximadamente 50 novos casos. “Desde os primeiros registros de casos de Aids, a epidemia circula entre diferentes populações. Hoje ela é significativa na população de homens que fazem sexo com homens, sem proteção”. Carimbo A Aids voltou a ser assunto na imprensa, após uma reportagem veiculada pelo Fantástico, que tratava sobre os "carimbos", que significa contaminar propositalmente o parceiro com o HIV. A polícia já investiga esse tipo de comportamento sexual de grupos secretos que usam as redes sociais para marcar encontros e espalhar o vírus de propósito. "Carimbar" é uma gíria usada por algumas pessoas portadoras do vírus da Aids e pode levar o carimbador para a cadeia. A pena pode ser de 2 a 8 anos de cadeia. Sobre o assunto, a secretária municipal de Saúde, Fabiana Parma, pede cautela. “Penso que se trata de um determinado grupo de soropositivos e não devemos entender que o vírus é transmitido apenas por este perfil de pessoas”. Segundo Léa, não existe registro deste tipo de crime em Votuporanga.

“A justiça brasileira tem uma normatização sobre a questão, a qual deve ser cumprida”. Ou seja, a melhor forma de se evitar o HIV continua sendo o uso de preservativo.

“Hoje existe um leque de possibilidades de escolha de forma de prevenção ao HIV por exposição sexual. A pessoa pode escolher. De forma geral o preservativo é uma opção segura e gratuita”.

Prevenção

Para quem não se preveniu ou está na dúvida, existe a profilaxia.

A transmissão do HIV está longe de ser um acontecimento relâmpago. O intervalo de tempo necessário para que o vírus recém-transmitido consiga estabelecer um foco no organismo, a partir do qual a infecção se tornará crônica, é suficientemente longo para proporcionar a oportunidade de combatê-lo com antivirais capazes de destruí-lo. A chamada profilaxia pós-exposição nasceu no início dos anos 1990.

Nos casos de exposição sexual ou ao compartilhar seringas e agulhas em que a condição do paciente-fonte for desconhecida, a profilaxia costuma ser indicada nas situações em que existir maior risco: homens que fazem sexo com outros homens ou com homens e mulheres, pessoas que fazem uso comercial do sexo, que fizeram sexo com usuários de drogas ilícitas intravenosas, ex-presidiários, estupradores, habitantes de países nos quais os índices de prevalência do HIV sejam superiores a 1% da população, e naqueles que tiveram contato sexual desprotegido com membros desses grupos.

Quanto mais rapidamente for administrada a profilaxia, melhor será o resultado. Dados experimentais indicam que os índices de infecção são mais baixos quando ela é iniciada nas primeiras 36 horas.

Um estudo mostrou que filhos de mães infectadas apresentam menor chance de contrair o HIV quando tratados nas primeiras 48 horas depois do parto.

"A profilaxia é eficaz e utilizada há anos. Está à disposição no SAE (Serviço de Assistência Especializado)", alerta Léa.



(Fernanda Ribeiro Ishikawa – Diário de Votuporanga)

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