Prefeitura fecha barraca de pastelaria tradicional na região

A Prefeitura de Rio Preto conseguiu na Justiça a reintegração de posse do terreno em que funcionava a pastelaria Rezende, na marginal Vicente Filizolla, no bairro Alto Rio Preto, na saída para a rodovia Washington Luís, bem à beira da pista. Depois de 20 anos ali, tempo em que se tornou tradicional na cidade pela variedade e qualidade do salgado, a pastelaria foi obrigada a encerrar a atividades na segunda-feira.



De acordo com a dona do estabelecimento, Iracir Francisca de Rezende, 56 anos, ela foi informada, na segunda-feira, que o espaço seria lacrado hoje. "Foi um baque para mim", disse ela que há cinco trava uma briga judicial com a Prefeitura para permanecer na área. "Foi meu pai que plantou aquela seringueira linda, que fazia a sombra que os clientes gostavam. Fui construindo (uma edificação de alvenaria) a pastelaria aos poucos e conquistando os clientes", afirmou, disse que sempre pagou os impostos cobrados pela Prefeitura, além de água e luz. "Se eu fosse irregular, eu não ia conseguir abrir firma, ter água encanada e ter até o alvará da Vigilância Sanitária para funcionamento."



A empresária reconhece que o terreno é da Prefeitura, mas questiona: "Por que só eu? Se a lei existe para me punir, tem que cobrar de outras pessoas que também estão na mesma situação que eu." Desde segunda, geladeiras, freezers, mesas e balcões foram removidos do local pela proprietária e funcionários, que tiveram de demolir parte do prédio para retirá-los. Hoje, o espaço será devolvido para a Prefeitura.



A Procuradoria Geral do Município informou, por meio de nota, que deu prazo de 30 dias para a proprietária se retirar do local, que é área pública. O prazo vence em março. Sobre os impostos, a Prefeitura afirmou que a proprietária pagava apenas taxa de licença de alvará e imposto estadual.







(Larissa de Oliveira – Diário da Região)