Traficante que escondia droga em indústria de Votuporanga pega 12 anos

Um traficante disfarçado de operário de uma conceituada indústria de carrocerias de Votuporanga foi condenado hoje (5/5) a 12 anos e oito meses de prisão. Ele foi preso dentro da fábrica.

No armário dele foram apreendidas droga e munição de arma. Na casa dele a polícia encontrou balança de precisão e celular. Além dele, outras três pessoas foram condenadas, entre elas uma mulher. Todos foram descobertos no ano passado em uma megainvestigação contra o crime organizado da então Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise).

A investigação identificou um traficante preso em uma penitenciária de segurança mínima de Valparaíso como líder do esquema de tráfico. Ele contava com a ajuda da filha, que articulava outros integrantes do esquema. Os agentes da Dise seguiram os passos dos criminosos.

A polícia monitorou, por exemplo, deslocamento do “operário” para Indaiatuba para buscar cocaína. Toda movimentação dos criminosos foi registrada e entregue à Justiça. Os promotores que atuaram no caso sustentaram os crimes de tráfico, formação de quadrilha e porte ilegal de arma, o que caracteriza crime hediondo.

Ao sentenciar, o juiz do Fórum de Votuporanga asseverou a gravidade da quadrilha e o risco oferecido à sociedade. A pena mais branda foi aplicada à mulher. Ela pegou 3 anos de prisão, mas foi libertada para cumprimento da pena em liberdade. O preso comandante do esquema de dentro do presídio foi condenado a 9 anos de cadeia.

Outro participante da organização criminosa pegou 7 anos de grade. Além dos condenados, outros envolvidos no megaesquema do narcotráfico também foram identificados na mesma investigação e respondem a outros processos desmembrados desta condenação.