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Presos do Mensalão ficam em celas apertadas em Brasília

Presos do Mensalão ficam em celas apertadas em Brasília

Publicado em: 17 de novembro de 2013 às 15:37

Os nove homens condenados no julgamento do Mensalão que se entregaram à PF (Polícia Federal) dormem em celas individuais no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.





Cada uma delas tem cerca de seis metros quadrados, uma cama, um lavatório, um vaso sanitário e chuveiro com água fria. As duas mulheres - Kátia Rabelo e Simone Vasconcelos - estão na superintendência da PF, também em celas individuais, equipadas com beliches, buraco sanitário e cano de chuveiro com água fria. Todos vão ficar nesses presídios até a Vara de Execuções Penais de Brasília decidir onde cada um vai cumprir a pena. Foragido A PF (Polícia Federal) confirmou, por volta das 11h45 de sábado, que o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato fugiu para a Itália. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão. Em nota divulgada à imprensa, o ex-diretor afirmou que tentará "um novo julgamento na Itália, em um tribunal que não se submete às imposições da mídia, como está consagrado no tratado de extradição Brasil e Itália".



"Por não vislumbrar a mínima chance de ter julgamento afastado de motivações político-eleitorais, com nítido caráter de exceção, decidi consciente e voluntariamente fazer valer meu legítimo direito de liberdade", diz Pizzolato. Ele tem dupla cidadania e ressalta que vai tentar um novo julgamento na Itália. Após as declarações de Pizzolato, seu advogado, Marthius Savio Lobato, disse à imprensa que não responde mais pelo ex-diretor. Embaraço A fuga do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado pelo mensalão, cria um embaraço entre Brasil e Itália, acredita o professor especialista em Relações Internacionais e mestre em Direito Internacional Bruno Yepes. “O fato de ele ter fugido já cria um embaraço grande por ele ter dupla nacionalidade. Chegando na Itália, ele é tão italiano quanto ele é brasileiro”, disse em entrevista à BandNews FM. Por esse motivo, o professor não acredita que o governo italiano irá deportá-lo. Outro motivo é o caso Cesare Battisti, condenado por assassinatos na Itália, que teve refúgio concedido pelo governo brasileiro. "Depois disso, você acha que a Itália vai devolver Pizzolatto ao Brasil? Vento que bate lá, também bate aqui", observa Yepes. Perguntado se seria possível uma troca de Battisti por Pizzolato, o professor acredita que isso não seria possível, pois seria necessária uma revogação do asilo político. Yepes lembra de um outro ponto ainda.



“O governo brasileiro também não extradita brasileiros para cumprimento de pena no exterior. Dificilmente ele [Pizzolato] será deportado para que cumpra pena. Já foi pensando nisso que ele buscou refúgio no território italiano”.





O ex-diretor do Banco do Brasil, inclusive, não poderia ter deixado o país após o início do julgamento do mensalão. “Todas as vezes que tem condenação criminal, esse criminoso não pode se ausentar do país.



Até porque, no curso do processo, há impossibilidade de se ausentar do domicílio da culpa sem autorização do juiz. Ele [Pizzolato], de uma certa forma, fez isso incorretamente. Por ele ter saído por terra, mostra que ele já não estava bem intencionado”, aponta Yepes.





(Erisângela Toniolo, da BandNews FM Brasília – Uol)

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