Justiça suspende atividades das pirâmides da internet
Justiça suspende atividades das pirâmides da internet
Publicado em: 18 de julho de 2013 às 17:17
A Justiça Federal determinou ontem a suspensão das atividades da empresa rio-pretense Embrasystem em todo o Brasil. Com isso, a firma, mantenedora da BBom e Unepxmil, está proibida de admitir novos associados e captar recursos dos membros já admitidos no sistema, chamado “marketing multinível” por envolver ganhos para os associados que indicarem novos integrantes. A empresa tem 48 horas, a partir da citação oficial pela Justiça, para cumprir a medida, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia.
O Ministério Público Federal em Goiânia, autor da ação contra a Embrasystem, acusa a empresa de promover “pirâmide financeira” disfarçada na venda de rastreadores para automóveis, prática considerada crime contra a economia popular.Na semana passada, a Justiça já havia concedido outra liminar ao MPF para bloquear R$ 300 milhões em contas correntes, além de automóveis avaliados em um total de R$ 30 milhões da Embrasystem e seu dono, João Francisco de Paulo, entre eles duas Ferraris, oito Mercedes, um Rolls Royce e quatro Lamborghinis.
Na decisão de ontem, a juíza substituta da 4ª Vara Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, também determinou que a Embrasystem divulgue na homepage de todos os seus sites o seguinte comunicado:“Por ordem da Justiça Federal, a BBom está impedida de receber a adesão de novos associados, seja através de seus sites, seja através dos sites de seus associados, bem como de receber as mensalidades cobradas dos associados já admitidos no sistema.”
A magistrada ainda solicita à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) se as empresas de João Francisco têm autorização do órgão para importar ou fabricar rastreadores em veículos. A BBom, que mantém seu escritório de monitoramento em Rio Preto e sua central comercial em Indaiatuba, oferece aos clientes três tipos de pacotes: o bronze (R$ 600), o prata (R$ 1,8 mil) e o ouro (R$ 3 mil), referente à compra de rastreadores - quatro produtos no bronze, 12 no prata e 20 no ouro.
Além do valor, cada cliente tem de pagar R$ 60 de adesão e R$ 80 mensais durante 36 meses. São cerca de 300 mil associados em todo o País.Com a adesão, o associado recebe um valor que seria do aluguel dos rastreadores comprados feito pela empresa. O ganho maior, porém, está relacionado à indicação de novos membros. Em nota divulgada ontem, a assessoria da BBom informou que “está tomando as providências judiciais cabíveis para retirar todo e qualquer impedimento às suas atividades”
(Allan de Abreu – Diário da Região)
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