Zoonoses alerta professores de Votuporanga sobre escorpião
Zoonoses alerta professores de Votuporanga sobre escorpião
Publicado em: 26 de novembro de 2015 às 13:06
Com o crescente registro de aparecimento de escorpiões em Votuporanga, o Setor de Controle de Endemias e Zoonoses (Secez) da Secretaria Municipal de Saúde promoveu nesta quarta-feira (25), uma palestra informativa sobre os escorpiões para os diretores das escolas municipais da cidade, na sede da Secretaria da Educação.
Cerca de 50 pessoas assistiram atentamente as orientações das educadoras em saúde, que abordaram a história natural, habitat, alimentação, reprodução, esconderijos, formas de prevenção e o que fazer em casos de acidentes. O objetivo é orientar esses profissionais para que possam lidar com situações como esta em ambiente escolar. De janeiro à outubro deste ano, o Secez notificou 263 casos de acidentes com animais peçonhentos, em Votuporanga.
No estado de São Paulo, cinco são as espécies mais comuns; em Votuporanga são duas – o escorpião amarelo e o marrom. A educadora em saúde, Ana Carolina Ribeiro explica que assim como em qualquer cidade brasileira, Votuporanga não está livre dos escorpiões. “Eles são uma praga urbana controlada, entretanto, de qualquer maneira, a população precisa ficar atenta e tomar todas as medidas de controle para que acidentes possam ser evitados”. Os escorpiões aparecem em todos os bairros da cidade, especialmente em locais próximos a zona rural e bairros com grande número de lotes vagos e construções (bairros novos).
Os escorpiões também podem vir da tubulação de esgoto, terrenos baldios com entulhos e restos orgânicos em busca de alimento, que são as baratas e pequenos insetos.
Controle Algumas orientações são importantes para se evitar o surgimento dos escorpiões: não acumular entulhos nos quintais e terrenos; vedar frestas de portas e janelas; tapar os ralos durante a noite; rebocar os muros; verificar roupas, sapatos, móveis e utensílios de cama, mesa e banho antes de utilizá-los. Dedetizar um ambiente a fim de exterminar os escorpiões é uma ação ineficaz, uma vez que os animais se desalojam, mas permanecem vivos, aumentando os riscos. Os animais se movem para regiões da superfície, onde não há veneno e a possibilidade de acidentes aumenta. Os escorpiões podem, ainda, permanecer longos períodos abrigados em frestas de paredes, telhas, escondidos em caixas e tijolos, impedindo que o inseticida entre em contato com o animal. Os escorpiões possuem a capacidade de permanecer com seus estigmas pulmonares fechados e sem se alimentar por até 23 dias. Atendimento Médico A pessoa picada por escorpião deve lavar o local com água e sabão, evitar o torniquete (amarrar qualquer objeto no local) e procurar imediatamente a UPA e o Pronto Atendimento do Mini Hospital do bairro Pozzobon “Fortunata Germano Pozzobon”.
Criação de galinhas
A criação de galinhas como recurso para evitar o aparecimento de escorpiões é proibido pela lei estadual: Artigo 14 da Lei nº 10.083 de 23 de Setembro de 1998 de São Paulo. Esta lei respalda as ações de combate a leishmaniose desenvolvidas no município, uma vez que a criação de galinhas aumenta o risco de transmissão de leishmaniose, doença causada pelo protozoário leishmania e transmitida por um inseto conhecido mosquito-palha. Estudos revelam que o risco de contrair leishmaniose é de até quatro vezes maior em casas com criações dessas aves.
Além disso, os escorpiões possuem hábitos noturnos e as galinhas dormem no horário em que os escorpiões saem em busca de alimento. Uma medida pouco eficaz para o controle de escorpiões.
Para mais informações, a população pode entrar em contato pelo 0800.770.9786.
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