Jornalista que ficou presa com presidente Dilma faz palestra

A jornalista Rose Nogueira, militante e presidente do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo faz palestra em Rio Preto hoje (29/10).

Ela foi presa pela ditadura militar em 4 de novembro de 1969, mesmo dia da morte de Carlos Marighella. Na época, militava na Ação Libertadora Nacional (ALN) e trabalhava no jornal Folha da Tarde.

No momento da prisão, Rose estava em seu apartamento com o marido, Luiz Roberto Clauset, e o filho Carlos Guilherme Clauset, que tinha apenas 33 dias de vida. O delegado Sérgio Fleury ameaçou entregar o bebê para o Juizado de Menores, mas Rose conseguiu convencê-lo a deixá-lo com os sogros. Levada ao Dops, Rose Nogueira foi torturada. A militante foi transferida para o Presídio Tiradentes às vésperas do Natal de 1969. Durante sua prisão, dividiu a cela com mais de 50 mulheres, entre elas a presidenta Dilma Rousseff. Eram conhecidas no presídio como “as donzelas da torre”, ala que abrigava presas políticas do regime militar. Foi solta após nove meses, mas ficou sob liberdade vigiada. Por dois anos, teve de assinar semanalmente um livro na auditoria militar. Em 1972, foi julgada e absolvida. Bate-papo Nesta quinta-feira, dia 29 de outubro, a jornalista e diretora do (SJSP) Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Rose Nogueira, fará palestra e lançamento do projeto do “Centro da Memória da Luta Contra Ditadura” na Câmara Municipal de São José do Rio Preto.

Um evento promovido pela Regional Rio Preto em parceria com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. A atividade está marcada para às 15h e às 19h haverá palestra com estudantes de comunicação da Unilago (União das Faculdades dos Grandes Lagos).

Rose foi da Ação Libertadora Nacional (ALN) e presa em 4 de novembro de 1969, em São Paulo (SP). Atualmente, a jornalista é diretora do SJSP e militante de causas ligadas aos Direitos Humanos.