Em 2025, o Fliv chega aos seus 15 anos com alma vibrante e coração jovem — um verdadeiro debutante da literatura e da arte! Ao longo dessa trajetória, o Festival Literário de Votuporanga marcou gerações, segue inspirando e continuará deixando sua marca por muito tempo.
Muitos dos jovens de hoje guardam lembranças afetivas das primeiras edições, quando tiveram seu primeiro contato com a magia dos livros, com a força das palavras e o encantamento das histórias.
O Fliv não foi apenas um evento: foi o início de uma jornada pelo universo da leitura, que despertou sonhos, curiosidade e um amor pelos livros que ainda pulsa.
Mais do que comemorar o passado, o Fliv 2025 celebra a continuidade de um legado vivo — jovem, coletivo, transformador.
A jovem Kiemi Ribeiro Ishikawa, de 16 anos, cresceu lado a lado com o Fliv. Ela guarda memórias preciosas de suas primeiras experiências no festival.
“Desde pequena sempre fui muito ligada à leitura, já que meu avô é professor universitário e minha mãe jornalista.Nas primeiras edições do Fliv, lembro que ganhei livros do Laé de Souza, como Radar, o Cãozinho. Eles me fizeram amar ainda mais a leitura", conta.
Kiemi lembra ainda dos passeios com a escola, das idas com a família e dos shows inesquecíveis. Hoje, mais madura e com uma biblioteca pessoal recheada, Kiemi se emociona ao lembrar como o festival despertou sua paixão por autores como Lynn Paintner, Clarice Lispector e Machado de Assis.
“O Fliv me mostrou o mundo mágico que existe em cada livro, e que eu posso ser de uma princesa de contos de fadas à uma bruxa indo para uma escola de magia. Isso deixa a vida mais divertida — são possibilidades infinitas. Sou muito grata por esse festival, ele fez minha paixão pela leitura deslanchar.”
João Vitor Ferrarez, 22 anos, relembra que foi o primeiro monitor-mirim do festival, experiência que marcou profundamente sua trajetória.
“Aprendi sobre o verdadeiro valor do voluntariado, me conectei com diversos temas, conheci novas pessoas, aprofundei meu conhecimento sobre a cultura da nossa cidade, participei de uma oficina de cinema, entre tantas outras atividades. O Fliv me moldou como jovem e me fez compreender que a cultura está presente em todos os ambientes, até mesmo nas telas. A literatura evoluiu junto com a modernidade. Hoje, temos acesso a milhares de páginas e informações na palma da mão, o que nos torna seres cada vez mais críticos, conscientes e pensantes. Isso nos impulsiona a evoluir enquanto sociedade”, falou.
Tyler Bertrand, 24 anos, relembra com carinho sua primeira experiência no Fliv, realizado na época na Praça Santa Luzia.
“Lembro que pensei: nunca vi uma feira com livros no lugar de pastel! Meu primeiro livro de poesias comprei ali mesmo, e com ele escrevi vários poemas. Acho que foi esse momento que despertou em mim o gosto pela leitura”, conta.
Com o passar dos anos e a participação constante no festival, Tyler deu um passo além: de leitor, tornou-se também escritor. Publicou no Fliv Se Essa Rua Fosse Minha, o outro é uma história em quadrinhos chamada Black&Golden.
Segundo Tyler, o evento vai muito além da literatura.
“É um festival literário, sim, mas nele você encontra oficinas de artesanato, apresentações de teatro, batalhas de dança... tudo junto e misturado! Você aprende brincando sobre temas importantes, sobre arte, sobre a vida. E isso é o que o Fliv desperta em todas as idades: a emoção de brincar de novo. Em todos os sentidos dessa frase.”