Situação complicada em Ilha Solteira

O Ministério Público considera nula a transição de cargo realizada na noite desta segunda-feira (20), entre o prefeito interino Emanuel Zinezi (DEM) e o vice-prefeito eleito Otávio Gomes (DEM), acredita que Emanuel renunciou ao cargo de prefeito interino ao protocolar na Câmara o desejo de reassumir a presidência do legislativo, e pediu que a Câmara realize nova eleição para eleger novo presidente, que irá governar interinamente o Município até o próximo dia 30.



Para as promotoras Luciane Antunes Magnotti e Marília Gonçalves Gomes, a transição é nula porque vai contra o que determina a Lei Orgânica do Município. Otávio só poderia assumir a Prefeitura caso o cargo de prefeito seja declarado pela Câmara, o que só deve acontecer no próximo dia 30, caso Edson Gomes não consiga ser empossado.

Apesar de nula, a transição feita na noite desta segunda-feira deve trazer implicações ao vereador Emanuel Zinezi. Ele não poderá “recuar” do pedido feito à Câmara, para retomar seu mandato, e continuar governando Ilha Solteira, já que o MP entende que ele, mesmo que de modo implícito, renunciou ao cargo. Ele ainda deve sofrer um processo por improbidade administrativa e perder a presidência da Câmara, já que o MP determinou que a Câmara, obedecendo o que diz a Lei Orgânica, eleja um novo presidente do legislativo, para que governe interinamente Ilha Solteira até o próximo dia 30 (a eleição está marcada para as 19h00 desta quarta-feira). Mas, até essa nova eleição, Emanuel fica no comando da cidade.

A transição mal sucedida ainda provocará prejuízos políticos ao grupo de Edson Gomes. Para começar, a oposição deve eleger o presidente da Câmara, emplacando o prefeito interino nesse período de transição. E o grupo também perde o comando do legislativo conquistado com a eleição de Emanuel no dia 1º. Quando Edson ou Otávio assumirem a Prefeitura, é o novo presidente da Câmara que comandará a casa atré o final do ano.


Prefeitura – Após a transição realizada nesta segunda-feira, Otávio Gomes foi para a Prefeitura nesta terça (21), onde permaneceu durante toda a manhã. Apesar de oficialmente ter assumido o cargo, ele disse que não sentaria na cadeira de prefeito, não assinaria nenhum documento e que considerava o período como de “transição”.

No final da manhã, após circularem informações sobre a posição do Ministério Público sobre a posse, Emanuel Zinezi foi para a Prefeitura e despachou como prefeito interino.



(Ilhadenoticias)